Para saber se uma criança está crescendo bem. usamos gráficos ou curvas de crescimento. Através deles, avaliamos se o paciente está abaixo, na média ou acima da estatura das crianças da mesma idade e sexo. Podemos também observar a velocidade de crescimento e identificar se essa criança está dentro da curva de acordo com seu alvo genético familiar. Qualquer alteração identificada deve ser analisada a necessidade de algum tratamento específico.
Quadros de hipotireoidismo (falta de hormônios da tireoide) e hipertireoidismo (excesso de hormônios da tireoide) devem ser analisados a fim de se decidir a necessidade de algum tratamento medicamentoso. Nódulos tireoidianos são muito comuns na faixa etária pediátrica e o acompanhamento também deve ser feito com um especialista.
Crianças que iniciam o desenvolvimento de caracteres sexuais secundários (como aparecimento de mamas, pelos pubianos, aumento do tamanho dos testículos) antes dos 8 anos nas meninas ou antes dos 9 anos nos meninos merecem uma avaliação especial, pois pode se tratar de puberdade precoce. Caso esses caracteres não apareçam até os 13 anos nas meninas ou até os 14 anos nos meninos, evidencia-se uma puberdade tardia e também deve ser avaliado a fim de se estabelecer o tratamento específico.
A partir dos 9 anos, todas as crianças devem realizar exames para avaliar seu perfil lipídico. No entanto, aquelas com fatores de risco como obesidade, diabetes, histórico familiar de colesterol alto, já devem ter sua primeira dosagem realizada entre os 2 e 10 anos de idade. Casos de hipercolesterolemia familiar, que é o excesso de LDL (o colesterol "ruim") são muito prevalentes e alguns deles necessitam de tratamento medicamentoso.
Definimos obesidade através do cálculo de IMC (índice de massa corporal) segundo o sexo e a idade. De acordo com esse valor, as crianças podem estar eutróficas, com sobrepeso ou obesidade. Atualmente, devido ao estilo de vida sedentário e alimentação rica em carboidratos e gorduras, temos visto um aumento significativo de crianças e, com isso, aumento do risco para doenças cardiovasculares.